sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Quixote

Hoje a poesia, sempre latente em meus pensamentos não está aflorada. Tem dias que parecem feitos para não se encaixar. E por incrível que pareça esses não são os dias cinzentos sobre os quais falo sem pudor por diversíssimas vezes. Esses dias estranhos são dias medíocres.

Medíocre :
[Do lat. mediocre.]
Adj. 2 g.
1. V. mediano (3).
2. Sem relevo; comum, ordinário, vulgar, mediano, meão.

A mediocridade não tem explicação. É estática e dinâmica ao mesmo tempo. E em nenhum momento é produtiva. Também não é estagnação.

Penso que talvez esses originalmente não sejam dias medíocres, e sim os dias calmos. Aqueles em que a gente passa muito bem se estiver sentado de frente para o mar sabe?

O problema é quando o mar está ausente.

A agigantação cinza do concreto não se compara à magnitude do Gigante Azul, o verdadeiro, que é de calar qualquer um. E caraminholas leves surgem, já que o vaivém das ondas não está audível.

Esses são dias bons para arrumar o guarda-roupa da alma.

Hoje nada faz sentido, a não ser a certeza de tudo aquilo que venho sentindo.

Devotos do Amor ainda existem. Obrigado por ajudar a manter minha fé.

E mesmo que os dragões sejam apenas simples moinhos de vento, sigo em investida inocentemente desmedida. Eu quero chegar mais longe. Eu quero o mundo, a faca e o queijo.

Por hora, um afago me cai bem.

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Eu ia e vinha...

Eu ia e vinha...
... e era lá que eu me perdia, no espaço entre teus lábios.

Um travessão e uma exclamação.