segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sobre dias nublados em pleno verão...

Espero uma ligação. Não me lembro de ter passado o meu número a ninguém, ainda assim fico apreensivo de que o telefone toque e eu esteja no chuveiro, ou algo do tipo. Quando caminho pelas ruas me sinto pequeno, diante da imponência de certos arranha-céus. As pessoas nem sempre parecem amigáveis, nem sempre se parecem pessoas. Pressa. São Paulo, a cidade que não pára. Ás vezes, no meio da rotina e do tempo que me consome sou eu quem pára na Grande Cidade. Me pego, descuidado e pouquíssimo preocupado, pensando...

Penso em confissões feitas debaixo de uma árvore, penso no beijo roubado e na tempestade que se aproximava. Penso em como éramos jovens, inocentes e porque não, perfeitos. O sentimento chamado SAUDADE começa a penetrar minha alma. A cidade não pode parar, me sinto um grão de poeira no olho de um furacão.

Me sinto forte.

Eu te verei novamente.

...ainda que somente em sonhos.

(não terminei porque, porque, porque...)

Eu ia e vinha...

Eu ia e vinha...
... e era lá que eu me perdia, no espaço entre teus lábios.

Um travessão e uma exclamação.